quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Alexandra

Amigos !!

Nessa minha nova jornada "enoconstrutiva"  tenho aprendido muito. Sobre bebidas, harmonizações e todos os prazeres do vinho.

Mas também descobri um champagne incrível que se chama ALEXANDRA...

Não tomei ainda e nem sei onde encontrar no Brasil, mas adorei o nome!
 
Porque será?? rsrs...


Um LUXO puro!

Como estou falando de champagnes acho que cabe uma breve explicação, afinal a confusão é grande quando se tratam de vinhos com borbulhas...

As borbulhas são conhecidas por perlage e estão presentes em espumantes e frisantes.


Os espumantes são produzidos através de duas fermentações, a primeira que chamamos de vinho base, aonde a fermentação vai até o final. Ou seja, o vinho fica seco e sem gás carbônico e a segunda é quando se obtém esse gás (as borbulhas).
Para isso, existem dois processos, Champenoise (também conhecido como Tradicional ou Clássico) e Charmat:
- O método champenoise é aquele onde a 2ª fermentação do vinho base ocorre dentro da própria garrafa.
- O método charmat já passa por uma produção um pouco diferente, fazendo com que o vinho base realize sua segunda fermentação em tanques de aço inox.
- No final, os dois métodos recebem uma mistura que se chama Liqueur d`expédition (Licor de expedição), que é responsável em fazer a classificação deste espumante, sendo brut , demi sec, etc.

Existem vinhos espumantes em praticamente todos os países vinícolas. A maioria deles são elaborados através dos métodos criados e utilizados na França para elaboração de seus espumantes: 
Os tipos são:
-Prosecco: região vinícola demarcada localizada no Veneto, norte/nordeste da Itália. Produz vinhos brancos e principalmente espumantes nas sub-regiões de Valdobbiadene e Conegliano. Durante anos, a palavra  prosecco foi utilizada para designar a uva (cujo nome original é Glera) empregada na elaboração destes vinhos.
-Asti: elaborado com a uva Moscato, é um vinho espumante adocicado, de baixo teor alcoólico, muito exportado. Ao contrário do Champagne, que utiliza o método tradicional Champenoise (com segunda fermentação na garrafa), e de outros espumantes que utilizam o método Charmat (com segunda fermentação em tanques de aço inox), na produção do Asti é feito mediante uma única fermentação em tanques com retenção do gás carbônico liberado. A fermentação é interrompida, por resfriamento, quando os teores adequados de álcool (7-9o GL) e açúcar (3,5%) são atingidos.
-Sekt: Nome genérico dos vinhos espumantes da Alemanha, que geralmente possuem uma doçura típica da fruta. O sekt do tipo seco é chamado de trocken.
-Cavas: espumantes produzidos na Espanha, principalmente na Catalunha, e Penedés, região que se responsabiliza por 99% da produção do país. A região costeira, com um suave clima mediterrâneo, ao norte tendo um clima subcontinental, videiras localizadas próxima à costa, altitude com menos de 200 metros acima do nível do mar e boa influência marítima.




Champagne - A palavra Champagne deriva de campagnia, termo latino que designa uma região campestre ao norte de Roma. O verdadeiro Champagne provém exclusivamente de uma região, também chamada Champagne, cerca de 145 quilômetros a nordeste de Paris. O Champagne, junto com o Xerez e o Porto, é um dos vinhos de produção mais complicada do mundo. Envolve inúmeras e trabalhosas etapas.
Apenas podem ser chamados de champagne os vinhos espumantes produzidos nesta região da França. Portanto: todo champagne é um vinho espumante, mas nem todo vinho espumante é champagne.

A classificação dos espumantes se dá da seguinte maneira:

A quantidade de açúcar em gramas por litro determina o tipo.
Conforme a quantidade utilizada, podemos ter os diversos tipos de espumantes:
BRUT-NATURE: é aquele sem adição de açúcar, com pouco açúcar ou zero.
EXTRA-BRUT: de 0 a 6 g/l.
BRUT: até 15 g/
EXTRA-SECO:entre 12 e 20 g/SECO, SEC OU DRY: entre 17 e 35 g/l;
MEIO DOCE, MEIO SECO OU DEMI-SEC : entre 33 e 50 g/l;
DOCE: mais de 50 g/l






Os frisantes tem a fermentação sem vinho base, sem licor de tiragem e sem licor de expedição.
- Ou seja, como não tem vinho base, tanto a fermentação alcoólica quanto a toma de espuma ocorrem no mesmo processo.
- Nos vinhos frisantes o método de obtenção das bolhas pode ser tanto natural como artificial.
Por essas diferenças no método de produção, o vinho frisante sempre terá menor nível de gás carbônico em relação ao espumante. Ou seja, o vinho frisante é menos gaseificado e tem menos espuma do que um espumante.
Os frisantes famosos são os Lambrusco, e geralmente são levemente doces. 

Já sabendo desses detalhes básicos, fica mais fácil escolhermos qual das bolhas mais nos seduzirão...

E o  mais importante, vamos ao brinde!!

Saúde!!

Ale Rossi


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